sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Da Janela do meu quarto


Da janela do meu quarto, o ponto mais alto de minha casa vi no final de rua crianças brincando, e o bater do vento nas árvores levando suas folhas para bem longe de onde os meus olhos pudessem alcançar. Avistei também idosas sentadas na beira da calçada conversando, pareciam as avós. E pensei : Como queria voltar a ser criança !
 De um lado, a pura experiência da vida chegando ao fim, do outro a mais inocente fonte do começo. Dois extremos, em nada semelhantes. Parei. Admirei a cena por mais tempo, foi quando sentir o sol e consigo sua luz indo embora, então percebi o anoitecer.
Da janela dos meus olhos, enxerguei várias vezes o filme da vida. Tudo é igual. O vento passa pelo mesmo lugar todos os dias, carregando as folhas das árvores; as crianças se divertem e de repente crescem sem perceber. Igualmente o sol, de manhã brilha e com o passar das horas se põe sem dar satisfação. É a vida !
No entanto, palavras me faltam para escrever, só queria voltar a ser criança, porém para isso perco a esperança, porque sei que nunca poderei voltar a ser. Enquanto isso, mais uma vez, vejo o sol da manhã brilhando, a nostalgia chegando junto ao entardecer.

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